
Em recente edição de seu periódico, Jornal Pessoal, o consagrado jornalista Lúcio Flávio Pinto contesta o título de anúncio feito pela DC3 para o curso de jornalismo da Escola de Propaganda (acima). Ele argumenta que por se tratar de um curso de reportagem fotográfica a imagem não poderia deixar de aparecer.
Esclarecimentos:
1- A que imagem o jornalista se refere? Parece que houve uma confusão entre jornalismo e propaganda. Esquece que o anúncio trata de um curso de jornalismo. E
como propaganda que é, vende um serviço. Não se trata de uma matéria ou reportagem jornalística com todos seus elementos técnicos indispensáveis.
2- Concordamos que é essencial a apresentação da imagem ao leitor ou telespectador. Isso é jornalismo. Mas um anúncio tem outra função. No caso, falamos do profissional de jornalismo, não da matéria jornalística, não do seu objeto de trabalho. Suas conclusões são empíricas. E superficiais. Limitou-se a ler o título. Ou melhor (ou seria pior?), não deve ter lido direito. Analisou a parte, desprezou o contexto. Checar e rechecar a informação é mandamento básico do jornalismo. E da propaganda também. A DC3 confirma tudo com o cliente antes de fazer um briefing.
3- É evidente que a fotógrafa Paula Sampaio foi consultada. Aliás, como o próprio Lúcio Flávio sugeriu, a decisão de não aparecer foi dela. Questões ligadas a sua segurança explicam isso. O jornalista deveria saber disso. E sabe, tanto que pergunta e responde isso na mesma questão. Mas preferiu a pior opção pra virar manchete: a equivocada.
Como se percebe, Lúcio Flávio Pinto pode entender muito de jornalismo, mas muito pouco de propaganda.