Copa em Manaus e importância da construção de marca

Este episódio da escolha de Manaus e da derrota de Belém para a Copa 2014 reforça mais uma vez o que para alguns parece discurso vago: a necessidade de construção de marca. Pelo menos desde os anos 80 a gente percebe um trabalho claro da capital do Amazonas para se posicioanr com a cidade da Amazônia. A localização geográfica ajuda, o encontro das águas ajuda, mas Manaus vem construindo um produto turístico consistente para quem deseja Amazônia. É um conjunto de ações que vai desde levar pop star para passear na floresta até a comunicação publicitária. Manaus criou estilo e personalidade amazônica. Tem os atributos desejados pelo consumidor de ecoturismo, da aventura, selva, natureza. Pode até nem entregar tudo o que sugere, mas está muito a frente das concorrentes, no caso Belém, Rio Branco, Santarém e outras menos cotadas.
A Copa do Mundo é tudo, e até futebol. É um envento de negócios globalizados, que não está nem aí para as mixuras questões paroquiais. A paixão do nosso povo pro futebol não interessa nada. O nosso pobre torcedor que sofre para pagar 15 reais numa arquibancada, teria que economizar durante anos para ver um jogo de Copa do Mundo aqui. Copa é um grande jogo econômico que envolver marcas, comunicação, mercados e produtos.
É bom aproveitar este episódio para tirar lições boas, que servem também para construção de marcas de serviços, de produtos, de tecnologia, de tudo o que precisa ser percebido numa vida cada vez mais competitiva. Seja uma grande indústria ou uma pequena confecção. Construir marca sempre traz benefícios. Olha aí Manaus festejando mais um retorno para o seu investimento de décadas.